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Câncer de Fígado e Pâncreas

Fonte: Oncoguia


Câncer de Fígado


O que é?


O fígado é o maior órgão interno do corpo e está localizado do lado direito, sob as costelas e abaixo do pulmão. Tem a forma de uma pirâmide e está dividido em lobos. A face diafragmática apresenta um lobo direito e um lobo esquerdo. A divisão dos lobos é estabelecida pelo ligamento falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como ligamento redondo do fígado.


O carcinoma hepatocelular ou hepatoma é a forma mais comum de câncer de fígado em adultos. Cerca de 80% dos cânceres que se iniciam no fígado são desse tipo.


De 10 - 20% dos cânceres que se iniciam no fígado são colangiocarcinomas hepáticos. Estes tumores se formam nas células que revestem os dutos biliares (tubos que levam a bile à vesícula biliar).


Fatores de Risco


Um fator de risco é algo que afeta sua chance de adquirir uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Alguns fatores como fumar, podem ser controlados, enquanto, outros, como histórico pessoal, idade ou histórico familiar, não podem ser alterados.


Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter uma doença como o câncer. Muitas pessoas que contraem a doença podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de fígado tem algum fator de risco, muitas vezes é muito difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.


Vários fatores de risco podem tornar uma pessoa mais propensa a desenvolver câncer de fígado:


  • Hepatite Viral Crônica - O fator de risco mais comum para câncer de fígado é a infecção crônica por vírus da hepatite B ou C. Estas infecções levam à cirrose hepática e são responsáveis por tornar o câncer de fígado um dos mais incidentes em muitas partes do mundo. Estes tipos de hepatite podem ser transmitidos de pessoa para pessoa através do uso de agulhas contaminadas, sexo sem proteção, parto ou transfusões de sangue.

  • Cirrose - A cirrose é uma doença em que as células do fígado são danificadas e substituídas por tecido cicatricial. Pessoas com cirrose têm um risco aumentado de câncer de fígado. A maioria das pessoas que desenvolvem a doença já tem alguma evidência de cirrose.

  • Alcoolismo - O alcoolismo é uma das principais causas da cirrose, que por sua vez está ligada a um risco aumentado de câncer de do fígado.


Prevenção


Muitos cânceres de fígado poderiam ser evitados reduzindo-se a exposição aos fatores de risco conhecidos para a doença. O fator de risco mais significativo é a infecção crônica por hepatite B e C. Estes fatores podem ser evitados não compartilhando agulhas e realizando práticas sexuais seguras. Já existe vacina para prevenção da hepatite B para pessoas em situação de risco.


Diagnóstico


Alguns sinais e sintomas podem sugerir que uma pessoa tem câncer de fígado, mas será necessária a realização de exames complementares e biopsias para confirmar o diagnóstico.


Durante a consulta o médico fará perguntas sobre seu histórico clínico e de seus familiares próximos. Ele também perguntará sobre possíveis fatores de risco e sintomas para avaliar se algo sugere um câncer de fígado.


Se houver suspeita de câncer, serão solicitados exames de imagem, exames laboratoriais e alguns procedimentos diagnósticos para confirmação.


Tratamento


Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com o paciente as opções de tratamento. Dependendo do estágio da doença e outros fatores, as principais opções de tratamento para pessoas com câncer de fígado podem incluir a cirurgia (hepatectomia parcial ou transplante de fígado), tratamentos locais (ablação ou embolização), radioterapia, terapia alvo e quimioterapia. Em muitos casos, mais do que um desses tratamentos ou uma combinação deles podem ser utilizados.


Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como cirurgião, oncologista, radioterapeuta e gastroenterologista. Mas, muitos outros poderão estar envolvidos durante o tratamento, como, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos.


Câncer de Pâncreas


O que é?


O pâncreas é uma glândula de 15 a 25 cm de extensão localizada no abdome, atrás do estômago, próximo ao duodeno e baço. Sua forma é similar a um peixe, com uma cabeça larga, um corpo afilado e uma cauda estreita e pontiaguda.


As células exócrinas e as endócrinas do pâncreas formam tipos completamente diferentes de tumores, por isso é importante distinguir os cânceres de pâncreas exócrinos e endócrinos, uma vez que eles têm fatores de risco e causas distintos, diferentes sinais e sintomas, são diagnosticados por meio de exames diferentes, são tratados de forma diferente e têm diferentes prognósticos.


Os tumores exócrinos são o tipo mais comum de câncer de pâncreas. Aproximadamente 95% dos casos de câncer de pâncreas exócrinos são adenocarcinomas. Esses cânceres normalmente começam nos ductos pancreáticos, mas às vezes se desenvolvem a partir das células que produzem as enzimas pancreáticas (carcinomas de células acinares).


Os tumores de pâncreas endócrino são raros, constituindo menos de 5% de todos os cânceres de pâncreas. Como grupo, eles são conhecidos como tumores neuroendócrinos do pâncreas, ou às vezes como tumores de células das ilhotas.


Existem muitos tipos de tumores de pâncreas endócrinos.


Fatores de Risco


Um fator de risco é algo que afeta sua chance de contrair uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Alguns fatores como fumar, podem ser controlados, enquanto, outros, como histórico pessoal, idade ou histórico familiar, não podem ser alterados.


Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter uma doença como o câncer. Muitas pessoas que contraem a doença podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de pâncreas tem algum fator de risco, muitas vezes é muito difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.


Vários fatores de risco podem tornar uma pessoa mais propensa a desenvolver câncer de pâncreas:


  • Tabagismo. O tabagismo é um dos fatores de risco mais importante para o câncer de pâncreas. O risco de desenvolver a doença é cerca de duas vezes maior entre os fumantes em comparação com aqueles que nunca fumaram. Cerca de 20% a 30% dos casos de câncer de pâncreas são causados pelo tabagismo. Charuto e cachimbo também aumentam o risco, assim como o uso de produtos de tabaco sem fumaça.

  • Exposição Ocupacional. A exposição ocupacional a certos pesticidas, corantes e produtos químicos utilizados no refino de metais pode aumentar o risco de câncer de pâncreas.

  • Idade. O risco de desenvolver câncer de pâncreas aumenta com a idade. Quase todos os pacientes têm mais de 45 anos. Cerca de dois terços dos pacientes diagnosticados com câncer de pâncreas têm pelo menos 65 anos. A idade média no momento do diagnóstico é de 71.


Prevenção


Não existem diretrizes estabelecidas para a prevenção do câncer de pâncreas. Por enquanto, a melhor abordagem é evitar os fatores de risco. O tabagismo é o fator de risco evitável mais importante para o câncer de pâncreas. Manter um peso saudável, ter uma dieta controlada e praticar atividade física também são importantes. Finalmente, evitar a exposição ocupacional às substâncias nocivas, como determinados pesticidas e outros produtos químicos podem reduzir o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pâncreas.


Diagnóstico


Será realizado um exame físico completo com foco principalmente no abdome para verificar quaisquer massas ou acúmulo de líquidos. A pele e a parte branca dos olhos serão examinadas quanto à icterícia. Os tumores que bloqueiam a via biliar também podem causar aumento da vesícula biliar, que pode às vezes ser palpada no exame físico. O câncer de pâncreas também pode se disseminar para o fígado, o que pode aumentar o tamanho deste órgão.


O câncer também pode se disseminar para os gânglios linfáticos da clavícula e outros locais. Essas áreas serão examinadas em busca de qualquer alteração que possa indicar a disseminação da doença.


Se durante o exame o médico suspeitar de algo provavelmente solicitará mais exames para poder confirmar ou não o diagnóstico.


Tratamento


Dependendo do tipo e estágio da doença e outros fatores, as opções de tratamento para pacientes com câncer de pâncreas podem incluir cirurgia, tratamentos de ablação ou embolização, radioterapia, quimioterapia e outros medicamentos. O controle da dor também é uma parte importante do tratamento para muitos pacientes. Às vezes, a melhor opção pode incluir mais de um tipo de tratamento ou uma combinação desses tratamentos.


Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como cirurgião, endocrinologista, radioterapia e oncologista. Mas, muitos outros profissionais poderão estar envolvidos durante o tratamento, como enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos.


É importante discutir todas as opções terapêuticas, incluindo metas e possíveis efeitos colaterais, com seu médico, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapta às suas necessidades.

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